Às vezes venho aqui e apetece-me escrever, o meu coração pede-mo, mas ultimamente tenho tido dificuldades em passar certos sentimentos e estados de espírito p'ra palavras, de modo a que as pessoas que ainda aturam as minhas pancadinhas de humanidade conseguissem compreender-me. Mas depois acordei para a realidade, e... sou incompreensível.

Não posso esperar que alguém que não sabe absolutamente tudo sobre mim me compreenda inteiramente. Eu mesma por vezes não me compreendo! Como posso esperar que os outros o façam?

A verdade é que ainda sou apenas uma miuda com 14 anos, e preciso de muita atenção e carinho daqueles que amo. Mais que isso, preciso de alguém que me ame verdadeiramente, e não de mais pessoas p'ra me virem iludir com falinhas mansas e mentiras desmedidas. Estou farta de ter que crescer à custa dos erros das pessoas que me rodeiam, e de ser sempre afectada por contacto. Quero crescer por mim mesma, cometer os meus próprios erros, ter a liberdade p'ra poder ser a maior falhada do mundo ou a maior pessoa do universo.

Quero poder ser eu mesma sem limites nem fronteiras, quero a liberdade.

No entanto não estou completamente certa de que estou pronta a receber aquilo que quero, porque a liberdade traz também bastante responsabilidade, e isso é algo que eu, muito sinceramente, ainda "repugno".

Quero amar, e NUNCA me deixar afectar por distâncias, sejam estas de 10 metros ou 300km, assuntos exteriores, ou seja o que for. Quero, uma vez por todas, ser eu mesma sem ter que estar sempre a procurar por pessoas que podem magoar-se pelas minhas acções.

Tudo tem consequências, e eu estou farta de olhar sempre pelos outros e ninguém; ninguém mesmo!; olhar por mim. Será assim tão errado querer ser feliz?

Quero voltar a sorrir e sentir que esse sorriso é verdadeiro, e não mais um dos meus monólogos diários cujo conteúdo nunca poderá ser criticado, pois ainda está p'ra vir o crítico que consiga maldizer algo que ainda nem eu bem me apercebi que não corresponde à realidade.

Já nem sei bem o que digo...

São só desabafos, peço desculpa